domingo, 8 de janeiro de 2012

LIBERDADE

O que é a liberdade? Será o mesmo que omnipotência? Sermos capazes e livres de fazer o que quisermos sem quaisquer consequências? Existem centenas de respostas para esta pergunta, mas nenhuma é concreta ou certa. Não é uma pergunta de natureza científica mas sim filosófica. Mas todos somos livres de a interpretar e de termos a nossa própria posição sobre o assunto.

Sim, todos somos livres de termos a nossa opinião acerca de qualquer assunto e de agirmos como quisermos, mas ainda assim há quem defenda que todas estas acções e opiniões são influenciadas por causas inevitáveis e incontroláveis; esta posição é chamada de determinismo. O determinismo defende que todas as nossas acções são apenas efeitos de causas que não podemos controlar. Podíamos fazer o que quiséssemos sem sermos castigados. Mas, se assim fosse, não estaríamos a dizer que não podemos ser culpabilizados por nada do que fazemos? A sociedade não seria um caos?

Existe um outro extremo, uma posição completamente oposta ao determinismo, o libertismo. O libertismo defende que o ser humano tem a capacidade racional e deliberativa para controlar o curso normal das coisas e, por isso, o ser humano tem de ser responsabilizado por todas as suas acções que, segundo o libertismo, não são aleatórias. Mas isto é também um exagero porque se assim fosse, estaríamos a afirmar que tudo o que fazemos influencia a nossa personalidade ou as nossas acções futuras.

A posição mais racional e “balançada” é, portanto, o compatibilismo que é uma espécie de combinação do determinismo e do libertismo. É mais racional porque não é extremista; afirma que apesar das nossas acções serem controladas por condicionantes, ainda temos o poder de agir como quisermos perante qualquer situação. Ou seja, é verdade que existem coisas que não conseguimos controlar, mas somos livres de agir e reagir livremente.

No fundo, a minha opinião é que somos responsáveis pelas nossas acções e devemos ser responsabilizados pois, apesar de elas terem sido influenciadas por causas que não podemos controlar, nós somos livres de agir da maneira que quisermos e por isso a responsabilidade é nossa. Sim, até pode ser difícil admitir que o que fazemos é culpa nossa, mas em que mundo é que viveríamos se ninguém pudesse ser culpabilizado pelo que faz? Ninguém, e penso que isso inclui as pessoas que defendem o determinismo (gostaria de viver nessa sociedade).

Voltando à minha pergunta inicial, para mim a liberdade é apenas sermos livres de agir como quisermos e sofrermos as consequências dos nossos actos.

Inês, 15 anos

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